Saúde

Balão Gástrico em Cápsulas

O balão gástrico por cápsula é um novo procedimento não invasivo utilizado para auxiliar no controle de peso e no tratamento da obesidade.

Ao contrário dos métodos tradicionais de inserção de balões gástricos, que exigem a realização de uma endoscopia ou cirurgia, o balão gástrico por cápsula permite que o paciente engula o dispositivo como uma pílula.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou esse procedimento no final do ano passado. Algumas clínicas médicas no país já estão oferecendo o primeiro balão intragástrico engolível.

A proposta desse tratamento é oferecer uma abordagem menos invasiva no combate ao excesso de peso, em comparação à cirurgia bariátrica e a outros tipos de balões gástricos.

No entanto, os especialistas em obesidade enfatizam que o balão gástrico, embora possa ser considerado uma ferramenta adicional no combate à doença, não apresenta as mesmas indicações nem resultados semelhantes aos da cirurgia bariátrica.

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Portanto, é importante encará-lo apenas como uma das etapas do tratamento.

De acordo com os médicos, se o balão gástrico for utilizado de forma isolada, sem o suporte de outras terapias complementares, há um alto risco de recuperação do peso perdido.

Entenda como funciona esse novo procedimento:

Uma inovação no mercado são os balões deglutíveis, que são diferentes dos modelos anteriores que exigiam a colocação e remoção por meio de endoscopia, com o paciente sob sedação.

A principal inovação desses balões é o uso de um material mais flexível e menos denso, como o poliuretano, que permite que os pacientes engulam os balões através de uma cápsula enquanto permanecem acordados.

Após um período de 16 semanas, esses balões são naturalmente expelidos através do processo de evacuação. É importante ressaltar que o procedimento deve ser supervisionado por um médico.

A cápsula do balão é geralmente feita de material macio e flexível, o que facilita a ingestão. Uma vez engolido, o balão chega ao estômago, onde é inflado com uma solução líquida ou gás.

O balão preenchido ocupa espaço no estômago, proporcionando uma sensação de saciedade mais rápida e auxiliando no controle da quantidade de alimentos consumidos.

Local onde o procedimento é realizado

Médicos ou clínicas especializadas realizam os procedimentos de colocação do balão gástrico por cápsula em consultórios, e geralmente não é necessário o uso de anestesia geral.

O paciente pode estar sob sedação leve para facilitar a ingestão da cápsula.

Após a colocação, o balão permanece no estômago por um período determinado, normalmente entre quatro a seis meses.

Segundo o Dr. Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, diretor do serviço de endoscopia gastrointestinal do Hospital das Clínicas e professor doutor da Faculdade de Medicina da USP, uma vez inflado, o balão tende a se deslocar para o fundo gástrico, causando a distensão do órgão.

Isso envia um sinal ao hipotálamo, região do cérebro responsável pela regulação do apetite, indicando maior saciedade. Esse mecanismo é mais evidente durante um período de oito a 12 semanas.

No entanto, posteriormente, outros mecanismos compensatórios entram em jogo, e a sensação de fome retorna.

De fato, o balão gástrico, por si só, não consegue gerar resultados significativos de emagrecimento a longo prazo.

A empresa Allurion, fabricante do produto, promete uma perda de peso de 10% a 15% do peso do paciente ao longo de um programa de aproximadamente quatro meses.

Estudos clínicos que testaram essa nova tecnologia observaram essa taxa de sucesso.

Médicos afirmam que alcançar esse resultado é possível; no entanto, manter o peso após a remoção do dispositivo do organismo é um desafio.

No Brasil, a aprovação do balão é para pacientes com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30.

Comparação da cápsula com procedimento cirúrgico (bariátrica)

Os especialistas explicam: “Não devemos comparar o uso do balão gástrico à cirurgia bariátrica.”

Além disso, a cirurgia bariátrica modifica o funcionamento de determinados hormônios, proporcionando melhorias nas comorbidades, como o diabetes.

Nossa empresa acredita que durante o processo, médicos, nutricionistas e psicólogos irão apoiar os pacientes, ajudando-os a adotar um estilo de vida mais saudável.

Além disso, nossa abordagem multidisciplinar visa não apenas a perda de peso, mas também a promoção de hábitos alimentares adequados, prática regular de atividades físicas e suporte emocional, com o objetivo de melhorar a saúde geral e o bem-estar dos pacientes.

Nosso objetivo é que os pacientes consigam manter esses hábitos mesmo após a remoção do balão gástrico.

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Recomendamos o uso do balão gástrico por cápsula para pessoas que estão com sobrepeso ou obesidade leve a moderada e enfrentam dificuldades em perder peso apenas com mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios.

Um médico especializado em obesidade ou gastroenterologia deve supervisionar esse procedimento.

É essencial que os pacientes submetidos ao procedimento do balão gástrico por cápsula sigam uma dieta adequada e adotem um programa de exercícios para otimizar os resultados e manter uma perda de peso saudável.

Como em qualquer procedimento médico, é importante ressaltar que existem riscos associados ao uso do balão gástrico por cápsula.

É fundamental que os pacientes discutam essas questões com seus médicos antes de decidir se submeter ao tratamento.

O especialista destaca: “A principal vantagem desse tratamento é a capacidade de obter uma perda de peso mais rápida em comparação com medicamentos, eliminando a necessidade de procedimentos como a endoscopia para a inserção do balão.”

Ele ressalta que o balão proporciona resultados a curto prazo, o que incentiva o paciente a continuar com o tratamento.

Características de pacientes

Os médicos afirmam: “Existem dois tipos principais de pacientes indicados para o uso do balão gástrico.”

No primeiro grupo, temos indivíduos com obesidade leve, cujo índice de massa corporal (IMC) varia entre 30 e 34. Nesses casos, o balão pode complementar outras terapias, auxiliando no processo de perda de peso.

No segundo grupo, temos pacientes superobesos, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 50. Nesses casos, utilizamos o balão como um auxílio na perda de peso antes da cirurgia bariátrica.

Isso ocorre devido ao maior risco cirúrgico associado a pacientes com IMC muito elevado. Realizar uma cirurgia nesses casos pode ser mais desafiador e apresentar complicações adicionais.

A perda de peso prévia por meio do uso do balão gástrico pode ajudar a reduzir esses riscos.

Médicos, nutricionistas e psicólogos acompanham e apoiam os pacientes durante todo o processo, incentivando a adoção de um estilo de vida mais saudável.

Uma das principais novidades desses balões é o uso de um material mais flexível e menos denso, como o poliuretano.

Portanto essa característica permite que os pacientes os engulam por meio de uma cápsula enquanto estão acordados.

O tratamento com o balão gástrico deglutível, por sua vez, representa uma abordagem menos invasiva e, além disso, mais confortável em comparação com os métodos tradicionais.

Pacientes com um índice de massa corporal (IMC) elevado se beneficiam especialmente da abordagem do balão gástrico, onde os riscos cirúrgicos são maiores.

É aconselhável que ocorra uma perda de peso de pelo menos 10% do peso corporal antes de se submeter à cirurgia, visando reduzir os riscos associados e melhorar os resultados no pós-operatório.

Riscos

No que diz respeito aos efeitos colaterais, os médicos afirmam que o principal risco associado ao balão gástrico deglutível é o desenvolvimento de intolerância ao dispositivo.

Isso pode resultar em sintomas como náuseas, vômitos e dores, podendo ser necessário remover o balão por meio de uma endoscopia.

Cerca de 5% dos casos apresentam esse tipo de ocorrência, o que representa um índice menor em comparação com o uso do balão gástrico tradicional.

Além disso, o balão de poliuretano apresenta uma taxa de complicações variando de 10% a 12%, evidenciando uma melhora significativa em relação à opção convencional.

Contraindicações

Os médicos desaconselham a submissão de indivíduos acima de 65 anos de idade ou aqueles com problemas gástricos.

Como por exemplo, úlcera ou hérnia de hiato, ao tratamento com o balão gástrico.

Além disso, é importante considerar outros fatores de risco, como doenças cardiovasculares ou distúrbios de coagulação sanguínea, antes de optar por esse procedimento.

Portanto o médico Eduardo Moura do HC destaca que o fato de o paciente não passar por uma endoscopia antes do procedimento também pode trazer riscos.

O tratamento com o balão gástrico deglutível, além de incluir a colocação do balão em consultório e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.

O custo estimado do procedimento, por sua vez, varia entre R$ 15.000 e R$ 18.000.

Esse valor é superior ao do tratamento com o balão gástrico tradicional, que geralmente varia de R$ 10.000 a R$ 12.000. Em comparação, o custo médio mensal do tratamento com medicações é de aproximadamente R$ 1.000.

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